Cultura contemporânea e Cristianismo
O presente relatório diz respeito à análise do excerto correspondente primeiro ponto, Fundamento: ser humano e religião, da obra “Cultura contemporânea e Cristianismo” de João Duque e obedece à seguinte estrutura: primeiramente irei abordar os aspetos mais relevantes da vida e obra do autor. De seguida irei focar-me no enquadramento do texto na obra onde se insere, na analise e apreciação critica do texto e por ultimo na definição da pertinência no âmbito da Unidade Curricular da Disciplina de Cristianismo e Cultura.
I-Nota Biográfica
Como referido anteriormente, irei começar por mencionar os marcos mais importantes da vida do autor, uma vez que as vivências do escritor influenciam muito o seu pensamento e a sua escrita.
João Manuel Correia Rodrigues Duque nasceu em 1964, na freguesia de Pinheiros, concelho de Monção. Concluiu a sua Agregação em 2011 e é Professor Catedrático na Universidade Católica Portuguesa.
Ao longo da sua vida já publicou 93 artigos em revistas especializadas e 14 trabalhos em atas de eventos. Possui 37 capítulos de livros e 9 livros publicados. 9 livros publicados. Possui 123 itens de produção técnica. Participou em 14 eventos no estrangeiro e 30 em Portugal. Orientou 12 dissertações de mestrado e coorientou 1, alem de ter orientado 15 trabalhos de conclusão de curso de Bach./licenciatura nas áreas de Filosofia, Ética e Religião, Ciências da Educação e Artes. Recebeu 2 prémios e/ou homenagens.
Atualmente participa em 3 projetos de investigação, sendo que coordena 1 destes. Atua nas áreas de Humanidades com ênfase em Filosofia, Ética e Religião, Ciências Sociais com ênfase em Ciências da Educação e Humanidades com ênfase em Artes.
No seu curriculum DeGóis os termos mais frequentes na contextualização da produção científica, tecnológica e artístico-cultural são: Teologia, Cultura, Religião, Antropologia, Ecumenismo, Estética, Fé, Filosofia, Identidade e Música.
II-Contextualização do texto na obra onde se integra
De forma a compreender na sua plenitude o excerto a analisar, surge primeiramente a necessidade de explicar o conteúdo da obra em que se insere.
O livro, Cultura contemporânea e cristianismo foi escrito por João Duque sendo publicado em 2004 pela a Universidade Católica Editora.
Este livro fala-nos sobre a importância do Cristianismo teve e tem como crítico e transformador, quer como criador de cultura. E pretende repensar os elementos fundamentais do mesmo, na sua relação dinâmica e criativa com esse complexo contexto cultural em que vivemos nos dias de hoje, onde devido ao mundo cada vez mais globalizado existem varias culturas a coexistir no mesmo espaço. Um ambiente muito semelhante ao que se viu quando nasceu o Cristianismo.
Estas situação global levanta-nos muitas questões tais como da pertinência do religioso, o problema da identidade Cristã em situação pluralista ,a incógnita do futuro da Europa e da sua identidade e o desafio da cultura de consumo e mediática.
Em suma, este livro quer que façamos uma reflexão na importância do Cristianismo, qual a sua identidade na nossa cultura numa sociedade em que estão várias culturas a viver no mesmo espaço e que vão criando a cultura Portuguesa e espera com este livro contribuir para a inculturação da fé Cristã em Portugal.
III-Análise e Apreciação Crítica do Texto
O primeiro ponto do livro tem como título, Fundamento: ser humano e religião e pergunta à qual se tenta responder é o que é o ser humano e a religião? Será que é possível encontrar uma definição? Há muitas tentativas de definir dependendo da perspetiva. Para o autor as definições de religião e ser humano complementam-se pois não existe uma sem a outra. Considerando que atualmente a religião é vista como uma relação de oferta e procura do homem para a sua plenitude, é também ela procura, estar à procura, estar a caminho da resposta, respondendo-lhe ao caminhar na sua direção.
O fenómeno religioso está divido em três categorias básicas que são: o dom, a figuração e a transfiguração. Irei falar um pouco sobre cada uma e no fim falarei sobre a religião, pós-modernidade e futuro.
A pós-modernidade questiona a religião em relação à sua pertinência e tudo o que ela representa. A mesma só pode ser tolerada na esfera individual e interior, ou seja a esfera pública quer seja política, científica ou mesmo ética funciona não só com autonomia total mas mesmo em separação ou em rutura total com toda a atitude religiosa. Uma parte significante das posições modernas consideram a atitude religiosa própria de uma fase infantil da Humanidade que são superadas na sua fase adulta na medida em que o ser humano se distancia de tudo o que é transcendente ao reconhecer a sua total autonomia. A mesma modernidade viu-se envolvida numa dialética interna que a colocou em crise. Com o seu principio de rutura com qualquer tipo de tradição impossibilitou à mesma criar uma tornando-se num constante movimento de reinvenção, algo insustentável a longo prazo.
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